A experiência de um intercambista não é feita apenas do conhecimento adquirido em sala de aula. É composta, também, da bagagem cultural que surge em seu cotidiano. Seja dentro ou fora do centro acadêmico. Numa cidade como Coimbra, em que se respira história, e que acolhe estudantes de diversas nacionalidades é possível detectar essa troca de cultura facilmente.
O alojamento é um dos lugares mais propícios para que isso aconteça. Aqui na residência do Polo III, o centro da saúde, a interação ocorre na cozinha. Apelidada carinhosamente de “ONU”, devido ao fato de seus freqüentadores serem das mais diferentes partes do globo terrestre, e terem uma convivência pacífica. A hora do jantar, principal refeição do pessoal, é quando se tem mais contato com outros moradores do – 1, andar que nos próximos cincos meses será a minha casa. Aliás, a dinâmica do alojamento não foge a regra da rotina coimbrã, onde a cidade vive a noite. Cafés, bares, teatros e afins funcionam a partir das 17 horas (horário local, ai em POA seria 12h), antes disto é possível encontrar alguma movimentação na Universidade de Coimbra. Ainda tento me adaptar.
Mas, voltando a nossa cozinha, todas as noites temos um verdadeiro festival de gastronomia. Comidas típicas da Polônia, Turquia, Estados Unidos, Alemanha, Itália, Estônia, China e diversas partes do Brasil (RS, SP, RJ, MG, BA). Além de provar a culinária de outros lugares, é nesse momento que rola um intercâmbio cultural: costumes, idiomas, experiências, e etc. Uma forma, também, de se sentir mais em casa, uma vez que está todo mundo no mesmo barco: em um país diferente, uma cultura totalmente diferente da que estamos acostumados.
O grupo de chineses, de Macau, são os que mais fazem pratos elaborados e típicos
Brasileiras de RJ, RS e SP reunidas