Em meio a tantas matérias para terminar (algumas ainda por começar!), estou pensando no feriado da próxima segunda. Sei que não é desculpa pra ausência aqui no blog, mas o semestre está uma loucura. Também não é reclamação, apesar de ter vários trabalhos em grupo (desgastantes), sabem como é. Os trabalhos têm sido prazerosos e espero que os resultados sejam próximos do que estamos esperando. Em breve, serão postados aqui para que avaliem também e acompanhem.
Bom, agora, vou dar uma de garota do tempo (!!) e reproduzir o que diz o ClicRBS sobre o feriado. Segundo o site, teremos dias de verão no Estado. Espero que estejam certos. Nada como o sol pra acordar até quem está meio desanimado. A temperatura pode chegar aos 30º. Quem sabe já dá até pra pegar uma corzinha?!
Precisei dar um break no meu trabalho de pesquisa para compartilhar aqui uma e entrevista que li.
Como meu trabalho fala de New Journaslim e o precursor foi Tom Wolfe, me interessei em ler a entrevista publicada pela Revista Magis deste mês.
Olha o que ele fala sobre a televisão:
"As únicas reportagens confiáveis nos Estados Unidos estão nas páginas dos jornais. As matérias de televisão nem tentam dar furo. O programa 60 Minutes tem produzido algumas reportagens maravilhosas, mas me questiono se, alguma vez, somente uma, eles conseguiram um furo ao invés de tomá-lo dos jornais. Toda vez que os programas jornalísticos da televisão trazem uma notícia quente, a imediata e inevitável pergunta é "onde ela foi publicada?". Eles sabem que há uma inversão em suas operações jornalísticas. Os repórteres que de fato saem do prédio da televisão em busca de notícia pertencem à categoria menos prestigiada de jornalistas televisivos. Muitas vezes, eles são chamados de pesquisadores, e não de repórteres. No topo dessa pirâmide está o homem, ocasionalmente a mulher, que nunca deixa o prédio. Essa pessoa, conhecida como âncora, não é nada além de uma caixa de voz substituindo a velha máquina de linotipo, que converte os textos escritos em uma linguagem que a audiência consegue facilmente compreender".
Eu ia tecer um comentário acerca desta declaração, mas prefiro ouvir o que vocês pensam. Televisão é isso mesmo?
A Rádio Guaíba inicia nessa semana as inscrições para a Oficina de Radiojornalismo 2009. Coordenada pela jornalista Sinara Félix, a Oficina tem duração de uma semana e acontece durante a Feira do Livro de Porto Alegre. É uma oportunidade e tanto para aprender com os convidados, que falam um pouco sobre a profissão e sobre as suas experiências. Além de aprender muito com a Sinara, que é uma profissional que mostra o amor ao Jornalismo, que incentiva os participantes, ajuda na produção dos boletins, prepara surpresas na edição (que os participantes só ouvem quando suas matérias vão ao ar) e que "não existe", segundo ex-oficineiros. As rotinas dos jornalistas que cobrem política e dos que cobrem esporte, por exemplo, também serão conhecidas pelos selecionados.
Estudantes de Jornalismo podem obter mais informações pelo e-mail oficina@radioguaiba.com.br. A foto abaixo é da festa da Record na Feira do Livro de 2008.
Hoje completei mais um ciclo. Foi meu último dia de estágio na Radiovia Free Way. Último dia na Concepa. Como foram dois anos de muita coisa boa, quero utilizar este espaço também para prestar uma homenagem aos colgas queridos que tão bem me acolheram nesta jornada.
Peço licença nesse momento para deixar de lado a objetividade jornalística, já que o que sinto não poderia ser expresso de forma imparcial.
Todo mundo tem uma história, na verdade várias. Umas mais alegres, outras nem tanto. Cada momento que vivemos é digno de torna-se um belo conto. Se nossa memória fosse capaz de guardar cada minuto vivido, teríamos material para escrever dezenas de livros. Mas o cérebro escolhe algumas e as guarda em gavetinhas. Umas em gavetas acolchoadas e aconchegantes, outras em gavetas espinhosas. O fato é que temos muitas lembranças.
Se em um dia conseguimos guardar algumas dessas lembranças, o que dizer de dois anos? 731 dias (contando com o ano bissexto) de conhecimento, amizade, companheirismo, risos, lágrimas, conquistas, derrotas...
Tantas foram as experiências trocadas, as manifestações de carinho, as diferentes historias de vida que entrelaçaram com a minha e modificaram meus pré-conceitos, minhas certezas, minhas dúvidas. Tenho cada uma dessas pessoas agindo de forma diferente no meu cotidiano.
Aprendi muito nesses 24 meses. Aprendi o que é trabalho em equipe, aprendi que às vezes é melhor calar. Que todos possuem algo de bom para passar e que talvez essa mesma pessoa precise apenas que você a ouça. Aprendi que tenho capacidade de ser mais do que imaginava. Aprendi que todas as pessoas possuem essa capacidade.
Aprendi a diferença entre pista e faixa e aprendi que a curiosidade de uns pode deixar de cabelos em pé tantos outros. Aprendi que precisamos estar sempre em QAP para jamais termos um QSD. Aprendi que reclamação é bom só quando a gente que faz.
Ninguém sabe o que será do futuro, mas todo mundo tem uma lista de coisas que gostaria de realizar. Na minha lista está o desejo de jamais deixar de contar com as pessoas que conheci aqui. Não preciso citar nomes, porque todos vocês estão numa daquelas gavetas acolchoadas que citei acima. De alguma forma voxês contribuiram para minha formação humana e me passaram algum ensinamento que me tornou uma pessoa melhor.
Quero agradecer pela acolhida, pela troca de experiências, pelo carinho, pelo simples fato de existirem.
A partir de hoje começo uma nova trajetória de vida, mas não da mesma forma que a dois anos atrás, agora tenho mais esses tantos amigos para lembrar.
Ando meio sem certezas...
Não sei se quero ir para a direita, nem ao menos sei pra qual lado é a direita.
Não sei quero ficar aqui parada, quieta em meu canto ou se quero sair gritando coisas que pensava jamais dizer.
Estou em dúvida se tenho certeza e tenho certeza que estou em dúvida
Tenho umas teorias, umas experiências e uma vida toda para experimentar, acertar e principalmente errar
Tenho uma grande dúvida que pode se tornar um tormento, mas tenho certeza que a dúvida hoje pode ser melhor que o fracasso amanhã
Tenho dúvida se vou publicar este texto e duvido ainda mais que vou me desfazer dele
Um coração com dúvida pode tomar decisões? Tenho dúvidas quanto a isso também
Se as pessoas soubessem que não existe apenas uma verdade, que tudo é maior do que imaginamos, talvez algumas das dúvidas fossem incorporadas e nem ligássemos mais para elas.
Enquanto tiver dúvidas vou vivendo os mesmos passos. Quando decidir, sigo para o passo adiante.
Agora, apesar de ainda ter dúvidas quanto a isso, vou encerrar o texto.
A próxima etapa é saber se deve o onde deve ser publicado.
Corpo franzino, 13 anos (com aparência de 10), quatro irmãos, pai e mãe ainda* casados. Esse é um recorte da vida do Ródney. Ele mora na Cidade de Deus (RJ), estuda no turno da manhã e durante a tarde e noite vende chaveirinhos para turistas em Copacabana. O menino, coitado, não sabia que estava oferecendo seu produto, ao custo de quatro Reais, a estudantes de jornalismo sedentos por conhecer estórias interessantes. Ao dizer que era da Cidade de Deus, quase assinou um termo em que permitia ser bombardeado com dezenas de perguntas. Claro que dentre as questões surgiu a clássica: O que você vai ser quando crescer? A resposta intitula este post. O Rio de Janeiro parece estar dividido em dois: Quem vive do crime e quem sofre com ele. Não há photoshop que apague o morro do cartão postal visto ao vivo. Há morros por todos os lados. Há quem viva do tráfico, pelo tráfico, com o tráfico, há quem viva para combatê-lo, mesmo que com meios nada ortodoxos, como pretende fazer nosso personagem. Do outro lado há os que sofrem com a violência, principalmente pela ação da polícia. Fechar uma boca de fumo sem manchete no jornal não gera índice positivo na clipagem. Como todo bom egocentrista, a polícia quer destaque. São necessários muitos carros, contingente exagerado, pelotão de choque, tiroteio. A festa pela escolha da cidade para sediar os jogos olímpicos de 2016 foi comemorada no Brasil inteiro, mas a dúvida que permeia é se temos condições para isso. Até lá o Ródney terá 20 anos. Idade suficiente para ser policial. Será ele alguém que vai combater a violência ou teremos ainda a polícia que mais mata no mundo?
Desculpe o ainda, não é que não acredite em casamentos, mas sabemos que a realidade é pais separados, filhos de mães solteiras, “filhos de vó”...
Foto Cristo: Marcos Tristao Foto Comitê Olimpico: Charles Dharapak