sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Será que o melhor é mesmo daqui?

Aproveitando os comentários do post anterior, nada polêmicos, fizemos uma postagem com opiniões de duas das participantes do blog. Fique à vontade para participar da discussão!

Esses dias conversei com uma mulher que me deixou intrigada. Será mesmo que povo gaúcho se leva tão a sério? Ela, paulista de nascimento e cuiabana há mais de 20 anos, me perguntava sobre o frio de Porto Alegre e a fama de Gramado quando me relatou a viagem de um parente à capital do Rio Grande do Sul. "Ele disse que as pessoas foram simpáticas e trataram ele muito bem", contou com surpresa. Não sabia direito o que responder. Arrisquei em concordar, mas nunca tinha pensado nisso. Somos legais? Claro que podemos ser legais, mas a imagem que vendemos é que que somos arrogantes, que "nos achamos". Também temos a imagem de que somos pessoas trabalhadoras, pelo que ela me disse. "Trabalhar nesse frio que faz lá, não é pra mim, não", concluiu. Acho que todos têm suas virtudes. Temos muitas. O bairrismo exagerado não é uma delas. O Gaúcho da Copa não é nosso melhor exemplar. A política que se faz aqui é farinha do mesmo saco que se faz pelo Brasil afora. O "choro" de um deputado nessa semana, na tribuna, "comemorando" os 10 anos da ida da Ford pra Bahia e não sua vinda pra Guaíba é pura perda de tempo. De que adianta? Vamos é trabalhar pelo futuro. Por que não gastou seu tempo com isso, o deputado? Discursos são o que não faltam. Nem no Rio Grande do Sul nem no Brasil. Somos todos iguais. Bons em muita coisa, mas abaixo da crítica em muitos aspectos.


É bastante complicado criticar o Estado e suas culturas. Quando ousamos falar que o RS não é melhor que os demais, as pessoas nos olham com ar de: "você não sabe o que diz" (ops, tem que ser tu, né?). Até os pronomes usam de forma diferente e equivocada, sem conjugar os devidos verbos. Não penso que somos inferiores também, só acredito que deveríamos parar de pensar de forma separatista. O separatismo é um erro. Não temos cacife para andar com as próprias pernas. Deveríamos lembrar com maior frequência que somos todos brasileiros e ponto final. Cada estado com sua cultura. Nem melhor, nem pior. Mas todos dentro de um único país. Rico em belezas naturais, políticos desonestos e malandragens.Nossa música em pouco se diferencia do funk carioca ou do axé baiano. Talvez a única diferença seja a construção dos arranjos (coisa que músico é quem pode avaliar, minha análise fica na interpretação das letras).Um exemplo? Qual a diferença entre as letras abaixo?

Danço, Danço, Danço
Chegou o sábado
É dia de festiar
É dia de
folga
Hoje só quero dançar
Minha franja enroladinha
De gel vai
arrasar
Teu gingado é da hora
Ninguém vai te segurar
Pode ter
certeza

Se ela dança eu danço
Se Ela Dança, Eu Danço!
Se Ela Dança, Eu Danço!
Se Ela Dança, Eu Danço!
Falei com o
DJ!...
Prá fazer diferente
Botar chapa
quente
Prá gente dançar
Me diz quem é a menina
Que dança e
fascina
Que alucina querendo beijar...

Fim de Semana
E vem a chuva, vai o sol
E entristeço
E molha o
chão, apaga o fogo
E o meu desejo
Queria sábado de noite
Ir
pro baile
Namorando, adormecer
Sob os seus beijos...
Mas não tem
nada não
Só tá começando
O Fim de Semana
O meu
descanso
E a curtição...

Você ousa dizer que uma delas foi escrita por gaúchos? Joga no Pastor Google...É constrangedor conversar com pessoas de outros estados e ter que explicar que não somos todos tão arrogantes. Que alguns de nós gostamos do país todo e que se vierem nos visitar, jamais serão destratados.

Lembrete: Pelé, Cesar Cielo, Ronaldo, Marta, Tony Ramos, Wagner Moura, Jade Barbosa, Diego Hipólito, Gonzaguinha e milhares de outros "the best" em suas áreas NÃO SÃO GAÚCHOS. Temos tantos talentos quanto tem os demais estados do país.


sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Pra que serve a transparência?

Fiquei confusa quanto à satisfação de um eleitor/cidadão em poder ver, através de um site do governo do Estado, onde estão sendo gastos recursos dos cofres públicos. Lembrando, é claro, que o “público” não está à deriva. O “público” também tem dono: o povo. Parece óbvio, mas o erário nem sempre é tratado dessa maneira. Achei melhor garantir que quem nos representa no Parlamento e nós mesmos, que votamos neles, saibamos disso.

Uma ideia pouco inteligente me passou pela cabeça: de que a ignorância, às vezes, pode ser mais satisfatória, nos deixar menos preocupados e com menos chances de indignação. Explico. Se não tivessem lançado nesta semana o Portal Transparência RS, eu, muito provavelmente, não teria visto alguns gastos malucos do nosso dinheiro. E, muito provavelmente, estaria escrevendo sobre a vergonha do Senado Brasileiro. E, talvez, me enganaria dizendo que o Estado ainda não é dos piores, que nossa política é diferente e blá, blá, blá. Ou ainda que, sim, a política daqui é igual à de lá, que vamos passar o resto ano falando de uma CPI que não renderá grandes coisas.

O noticiário de ontem mostrava a viagem feita pelo Gaúcho da Copa (aquele que sempre aparece na torcida dos jogos da seleção) para a África. Eu não sabia que, enquanto assistia ao jogo (e lá estava ele), quem pagava sua passagem até o outro lado do mundo éramos nós, os contribuintes gaúchos. Verba das cotas, sabem como é?! A pertinência do pagamento, segundo o próprio personagem - que é CC do governo – deve-se ao trabalho em prol do Estado. Afinal, “é uma forma barata de se levar o sul do país para os olhos do mundo”. É Copa do Mundo, amigo. E a de 2014 é aqui. Sacaram? Ele fez propaganda do Rio Grande. Promoveu o nosso Estado. Estamos na boca do povo. O mundo tá pensando que o povo daqui tem bigodes, usa bombachas e tem um amor louco pela Seleção Brasileira. Joia, não?

Obrigada, Gaúcho da Copa!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Honesta para sacanear

Tanta coisa acontecendo no cenário político atual que a gente nem sabe por onde começar a falar. É o Sarney no senado, a Yeda no governo estadual, é CPI, Comissão de ética, MP, denúncias, suicídio, protestos... Em meio a tudo isso epidemia de gripe, febre amarela, dengue, hospitais fechados...
Tanta coisa, que as pessoas às vezes se perguntam: vale a pena ser honesto num país de tanta corrupção?
Vou deixar Ana Carolina responder por mim.


sábado, 1 de agosto de 2009

Uma dama com um ano a mais

Tem coisas que devemos celebrar diariamente: O dom da vida, a família, a saúde, os amigos, o que temos no prato...
Tem outras, não menos importantes, que comemoramos só uma vez por ano. Talvez possa parecer injustiça, mas na verdade é bom, assim podemos homenagear com dignidade a quem amamos. E este é um ótimo momento para isso.
Hoje é dia de dizer para Cris o quanto somos felizes por ela existir na nossa vida. O quanto temos orgulho em poder chamá-la de amiga, o quanto é imortante dividir com essa 'menina' (meiga, porém determinada), este blog.
Aniversariar não é simplesmente acrescer um ano na idade, mas somar experiências, pensar no que já fez e planejar o que ainda virá.
Este é teu dia! E obrigada por permitir que participemos deste e de todos os outros dias desta tua vida abençoada.
Te amamos muito!
Feliz aniversário!