quinta-feira, 20 de maio de 2010

Coimbra tem mais encantos

Amores estudantis e pela cidade são cantados em versos pelas ruelas e praças de Coimbra. Como tudo na cidade, o fado coimbrã está intimamente ligado às tradições da univeridade. Cantado geralmente por homens, sempre vestidos com o traje acadêmico (a famosa capa preta), o estilo musical pode ver ouvido à noite, quase às escuras, na Baixa. As escadarias do Mosteiro de Santa Cruz e da Sé Velha são os locais mais comuns. Em geral, é interpretado em trio: um fadista, um guitarrista e um violista. Tipicamente, o cantor fica de pé e os outros dois sentados.

Trazido por estudantes de Lisboa, na metade do século XIX, em Coimbra o fado ganhou um estilo mais elevado e romântico. Com fortes traços culturais de origem monástica e universitária, o fado coimbrã é marcado pelo uso da guitarra portuguesa, deixando a prática instrumental mais rica e tornando o instrumento único na música popular portuguesa.

É também em Coimbra que, no final da década de 40 e início de 50, surgem as baladas e canções de intervenção, tendo como ícone a “Troca do Vento que Passa”, poema escrito por Manuel Alegre e cantado por Adriano Correia de Oliveira, na música de António Portugal. Ainda na década de 50 até abril de 1974, a cidade foi solo fértil dos ideias de Liberdade. Como por exemplo, as lutas estudantis, principalmente nos anos 60, onde a riqueza cultural da UC e a intensidade da vida atravessaram as fronteiras da cidade.

No seguimento, ganham destaques o guitarrista Artur Paredes – pai de Carlos Paredes -, intérprete inovador do estilo coimbrão de tocar guitarra. Grandes nomes do fado de Coimbra incluem Edmundo Bettencourt (1889-1973), António Menano, e Armando Goes, entre outros.

Hoje, o fado Coimbra mostra claramente a tendência romântica e descritiva da vida estudantil, que ganhou força a partir da década de 80. Com ar melancólico, é impossível não se emocionar com a forma que os estudantes/fadistas cantam. O orgulho e amor que eles têm pela UC e a mandeira como cultivam as tradições são colocados em cada verso.

Como no vídeo, abaixo, feito quando assisti fado pela primeira vez, no Café Stª Cruz (um dos mais tradicionais de Portugal). A música “Balada da Despedida” é um das mais conhecidas, é cantada pelos estudantes quando vão se formar:



2 comentários:

Éderson Lumertz Izé disse...

Oi, Cris. Desculpe-me por ter demorado 4 semanas para comentar. Eu vi que tinha post novo desde o dia em que tu escrevestes, mas estava sem tempo de ler prestando atenção. Depois a Elis te explica por quê, ou eu mesmo explico no MSN. Que lindo texto! Que coisas mais lindas estas que tu descrevestes! Portugal te encantou mesmo e, acho que não poderia ser diferente. Eu amo Fados. A guitarra portuguesa tem um som fantástico e único. Um dia vou comprar uma pra mim. Já olhei até preços em Porto Alegre. A música que tu filmou é muito, muito boa. Mas eu prefiro fados cantados por mulheres. Me parece que fica mais dramático(hehe). Beijo, Cris.

Anônimo disse...

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