sábado, 24 de outubro de 2009

Televisão e Jornalismo

Precisei dar um break no meu trabalho de pesquisa para compartilhar aqui uma e entrevista que li.

Como meu trabalho fala de New Journaslim e o precursor foi Tom Wolfe, me interessei em ler a entrevista publicada pela Revista Magis deste mês.

Olha o que ele fala sobre a televisão:

"As únicas reportagens confiáveis nos Estados Unidos estão nas páginas dos jornais. As matérias de televisão nem tentam dar furo. O programa 60 Minutes tem produzido algumas reportagens maravilhosas, mas me questiono se, alguma vez, somente uma, eles conseguiram um furo ao invés de tomá-lo dos jornais. Toda vez que os programas jornalísticos da televisão trazem uma notícia quente, a imediata e inevitável pergunta é "onde ela foi publicada?". Eles sabem que há uma inversão em suas operações jornalísticas. Os repórteres que de fato saem do prédio da televisão em busca de notícia pertencem à categoria menos prestigiada de jornalistas televisivos. Muitas vezes, eles são chamados de pesquisadores, e não de repórteres. No topo dessa pirâmide está o homem, ocasionalmente a mulher, que nunca deixa o prédio. Essa pessoa, conhecida como âncora, não é nada além de uma caixa de voz substituindo a velha máquina de linotipo, que converte os textos escritos em uma linguagem que a audiência consegue facilmente compreender".

Eu ia tecer um comentário acerca desta declaração, mas prefiro ouvir o que vocês pensam. Televisão é isso mesmo?

3 comentários:

Éderson Lumertz Izé disse...

Eu não queria ser o primeiro a comentar, mas estou ansioso para falar e ninguém falou ainda. Vou dar o ponto de vista de um completo leigo. Não estudei nada sobre li bem pouco. Talvez as palavras do Tom Wolfe façam sentido para o passado. No presente não vejo assim. Olha a vanguarda do Caco Barcelos, um cara que vai para as ruas, faz a pesquisa dele. O que ele faz não chega a ser furo de reportagem. Mas muitos tele jornais conseguem o furo antes do jornal impresso. Reginaldo Leme foi o primeiro cara a ter acesso à denúnca do Nelsinho Piquet. As grandes coberturas, por exemplo, do 11 de setembro, a morte do Ayrton Senna, a recente explosão de uma loja de fogos de artifício em SP, passaram primeiro na TV. O próprio Cesar Tralli, que não é um cara muito bem visto por ter amizades com policiais, consegue coisas impressionantes antes dos outros. O William Bonner também é um grande pesquisador.

Acho isso. Não sei se estou certo.

Até.

Andressa Xavier disse...

Tava esperando alguém começar e, ao mesmo, tempo, pensando nisso. Acho que é muito radical dizer isso. Tudo bem que eu não sou fã de telejornalismo, mas vejo muita importância nele. Quem sou eu pra dizer isso, mas não concordo com Tom Wolfe nesse aspecto.

@_-¯Cristiano Quaresma¯-_@ disse...

Não resisti em descer o sarrafo
nas mídias plurais que, em mãos
erradas, manipulam e tentam formar
a opinião das massas menos esclarecidas!
Sobre os documentários
explanativos e sem a exposição
de opiniões debeladoras, UM BRINDE!
E assim se segue...
NAMASTE!