sábado, 20 de setembro de 2008

Alma Gaúcha

Foi o 20 de setembro./ Aquele, que marcava, há mais de um século e meio, uma parte importante da nossa história./ Na verdade, parte essencial da história dos gaúchos./ O começo de uma revolução que faria parte da identidade do Rio Grande do Sul./ Buscava-se a liberdade, a igualdade e a humanidade./ Queriam mais, os nossos defensores./ Queriam propor melhores condições econômicas à terra do charque, reivindicar ajuda ao Império, o separatismo./ Por que não?/ Bom, aí já começa a velha discussão que causa tanta polêmica./ Como pode um povo honrar tanto uma bandeira?/ O que queremos com o estado transformado em país?/ O quê os gaúchos têm ou pensam que têm de diferente dos outros estados brasileiros?/ O fato é que o dia 20 de setembro causa orgulho à maioria./ Orgulho de ter nascido em uma terra com história./ Um lugar onde o hino é cantado no estádio de futebol, é escutado no rádio, é aprendido na escola./ O orgulho está estampado nas bandeiras, nos carros, nas janelas dos prédios.../ Terra onde as crianças nascem coloradas ou gremistas./ Onde se é maragato ou chimango./ Gosta-se de um bom churrasco./ Chimarrão./ Pôr-do-sol com chimarrão, melhor ainda./ Terra onde tudo é bastante singular, onde não gostamos de comparações com aqueles estados lá de cima do mapa./ A não ser, comparações que deixem explícita a nossa grandeza./ Onde levamos a mão ao coração para cantar que nossas façanhas sirvam de modelo a toda terra./ De onde saíram também as modelos de maior sucesso da atualidade./ O melhor jogador do mundo por duas vezes./ Estado que tem dois times Campeões do Mundo./ Que gaba-se por ler mais jornal que em qualquer outro lugar do Brasil, julgando ser, portanto, mais culto./ O Rio Grande do Sul lutou na Revolução Farroupilha contra o Império./ Tem méritos por não ter desistido mesmo sendo tendo menos combatentes que os adversários./ Por ter resistido por uma década a situações, no mínimo, difíceis./ Por ter lutado até a hora que a paz se mostrava, cada dia mais, necessária./ Não vencemos./ Continuamos brasileiros./ Antes gaúchos, claro, mas brasileiros./ Mostramos nesses vintes de setembro, que nossa alma é, antes de tudo, verde, amarela e vermelha, alma gaúcha.///

*Texto produzido para a disciplina de Redação para Rádio

5 comentários:

Cristiane Serra disse...

Como eternizou o Teixeirinha, e ainda cantam Osvaldir & Carlos Magrão: "O Rio Grande é bem maior, mas cabe dentro de mim..."

Unknown disse...

eu, até bem pouco tempo atrás, compartilhava desse "orgulho gaudério" e tal [e de certa forma acho ele muito válido]...

mas hoje, pra mim, debaixo disso se esconde uma sociedade com uma lógica provinciana e anacrônica.

diferentes no churrasco e no chimarrão, mas iguais em tantos outros tropeços do pessoal de cima do Mampituba.

Natacha Kötz disse...

Eu já conhecia esse texto, heinnn? Hahaha... Adoro ele!
Ainda bem que alguém postou sobre o 20 de setembro.
Ser gaúcho é MARA!!

Anônimo disse...

Sáo fatos curiosos os que estás citando aqui. Eles causam dois sentimentos ao mesmo tempo. No início uma certa raiva exatamente por vir à cabeça por que é que esses gaúchos tanto se acham melhores que os outros. Além do que citaste, já analisou que somos o único estado que possui um parabéns próprio. O comunicador Marcos Piangers ( Da Rádio Atlântida )fala muito bem sobre isso. Tem de ser um estado muito gay mesmo pra ter até parabéns diferenciado dos outros. Por isso nos chamam tanto de bairristas. O outro lado da moeda é que poder anunciar aos quatro ventos que nossos estudantes aprendem e cantam com satisfação o Hino Rio Grandense também é uma exclisividade, e esta sem separatismo. Em última análise gostaria de deixar uma opinião bem particular sobre o tema. É muita pretenção fazer feriado com desfile à cavalo, carros alegóricos, acampamento no centro da cidade com churrasco e cachaça o dia inteiro por esta data. Que seja lembrada, mas que não seja vulgarizada e ridicularizada. Nas praias fazem troteada com centenas de cavalarianos. Cachorro na praia gera tumulto. Centenas de cavalos deixando aquela pasta verde proveniente do seu òrgão excretor na areia, sem esquecer o mal cheiro, pode. Coisa de bicha que não tem o que fazer. Se tivessem uma lenha para rachar, um café para passar para as visitas, um aipim para plantar, umas pedras para carregar, não teriam tempo para deixar a areia da praia verde e fazer tradição causar vergonha. Desculpe a dureza das palavras. Espero poder contar com a liberdade de expreção neste espaço. Abraço para Andressa.

Éderson Lumertz Izé disse...

logar