sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Gurias, posso fazer uma observação? (II)

Eu sei, eu sei! O título é cópia do último post da Andressa. Mas além de eu não ter pensado em nada melhor, eu acho que ele combina com o que vou escrever hoje, pois quero fazer uma pequena observação no meio de tantos assuntos variados. Hehehe...

Bom, não é novidade que eu vivo em constante conflito familiar. Se eu fosse escrever sobre isso levaria hoooooras e ainda assim não conseguiria dizer tudo aquilo que fica entalado na garganta. Tudo aquilo que somos obrigados a ouvir e fechar a boca pra não decepcionar um terceiro envolvido de quem gostamos de verdade. Relações familiares são realmente complicadas. Não é de agora que abrimos o jornal e lemos uma chocante notícia de um familiar matando o outro de forma cruel. Até Caim matou Abel (vide Antigo Testamento), fazendo deste o primeiro homicídio da história da humanidade.

De qualquer forma, não é disso que eu quero falar. Este post é dedicado às oportunidades que temos de mudar nas nossas vidas aquilo que não nos deixa felizes. Deus (ou alguma outra força superior) nos dá a chance de escolher uma família. Nos dá a chance de fazer amigos. Amigos são a família que nos foi permitido escolher. São eles que estão do nosso lado quando precisamos (e quando não precisamos também), quando nos incomodamos com nossa família de sangue, quando choramos por um amor que não deu certo, quando colocamos um sapato ridículo, enfim... É o amigo que vai estar ali, sempre lado a lado.

E é com este texto que dou início às minhas postagens. Uma homenagem às minhas amigas queridas que estão do meu lado desde o primeiro semestre, que me agüentam diariamente, que puxam minhas orelhas quando faço algo errado, que ouvem Prince durante a aula, que ficam saltitando no intervalo, que pagam micos, que dão risada, que choram e que vivem juntas. Vocês são a parte da família que eu decidi escolher. E escolhi a dedo, uma por uma, no meio de tanta gente estragada.
É pra vocês três e pra todos amigos que visitam o blog que eu dedico este primeiro post. E, para fechar com chave de ouro, compartilho com vocês uma história em quadrinhos (cliquem para ampliar) do meu queridinho Mauricio de Sousa.




5 comentários:

Andressa Xavier disse...

AAi, que lindo! Realmente, as amizades acontecem naturalmente. E foi assim... Bendita cadeira de rádio I, que fez a gnt se aproximar. Temos muito em comum e tanta coisa diferente mas, no fim, é sempre bom saber que tenho com quem contar e pra quem contar. =D

Elisandra Borba disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Elisandra Borba disse...

Fiquei emocionada! Já disse em outra oportunidade, que não tinha a pretensão de encontrar amizades verdadeiras na faculdade. Que bom que eu estava errada!

Anônimo disse...

Querida Natacha, não se ofenda pelo tratamento de querida. Este blog está reunindo dois fatores que são os que mais me chamam a atenção em qualquer lugar: a crítica e a emotividade. Neste texto em perticular tu reuniste os dois. Ao ler os quadrinhos fiquei com os olhos marejados. O assunto amizade sempre foi tratado por mim como sendo de muita importância. Já fiz palestra sobre o assunto em grupos de jovens, recebi convites para fazer o mesmo em escolas de Porto Alegre e de Alvorada. Sabe o que me entristeceu? Perdi uma porção gigantesca de gente que eu admirava por causa dos rumos diferentes seguidos por cada um. Alguns reencontrei com a ferramenta Orkut. Eles não são as mesmas pessoas que conheci. Trocaram de personalidade, de valores, e para pior. Hoje não tenho um amigo em quem eu confie minhas confidências a não ser a Elis que é minha esposa. Ironia que a vida me aprontou. Depois de casar já tentei me aproximar de pessoas da minha idade, procuro geralmente gente mais velha que eu. Há dois anos e oito meses estou casado. Só agora, por uma daquelas coisas que não acontecem por acaso estou revivendo o cativar e o cultivar a amizade com algumas pessoas novas. Amigo de verdade é aquele que avisa que vai chegar às 17:00 e desde às 14:00 tu já estás anciosa pela chegada. Atualmente eu rezo para não receber visitas. Perdi a prática.

Mudando de assunto. Família é um calo na vida de qualquer ser. Não servem para outra coisa a não ser dar desgosto, pedir dinheiro emprestado e não pagar, telefonar para pedir favor idiota e tentar um almoço ou jantar grátis e sem convite.
Pensam que por serem parentes podem destruir teus móveis, furar o pneu da tua bicicleta e entregar furado, abrir a porta da tua geladeira e examinar o que tem dentro, falam alto, nada resolvem em suas vidas, porém conseguem ter palpite para todos os teus problemas com facilidade. Eu odeio meus parentes. Dos dois lados. Se eu pudesse, me mudava hoje para Brasília ou Bahia sem deixar rastros e muito menos um número de telefone para contato.

Nossa! Escrevi um monte. Abraço à Natacha.

Juliana disse...

Lindo texto, NaTyK!
Hehehe... já faz algum tempo que não te chamo assim, mas tudo bem!
Fiquei até emocionada com as tuas palavras...
Desculpe a demora em comentar.
Beijos e bom fim de semana!