quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Uma boa surpresa (parte II)

Sinto que causei uma ansiedade que pode acabar em decepção. Na verdade, há alguns dias, saindo de um trabalho e indo para o outro, alegre por um acontecimento do dia, escrevi um pensamento, no ônibus mesmo, e não quis postá-lo em meu outro blog, justamente para estrear minha participação neste. Mas, levada novamente pelos sentimentos bons, resolvi escrever o anterior, e que de certa forma tem a ver com este. Enfim, sem mais rodeios, segue o outro post. Espero não causar tanta decepção...


Como é bom ser surpreendido. Claro que quando a surpresa é boa. Tem situações
ou até locais, onde você não tem a menor pretensão de encontrar algo positivo. A velha história da cereja escondida em um monte de glacê - neste caso, glacê sem açúcar.

Há quem diga que em todos os lugares encontramos algo de positivo. Que devemos aprender a ver "o lado bom" das coisas... Mas quando o bom se revela por si só, é quando a surpresa aparece e o -desculpe a rima barata - coração agradece.


Ganhei um novo amigo, uma fruta doce, que se esconde no meio de um monte de frutas azedas.


Uma pessoa que não deixou que o sistema o atingisse. Que apesar do ambiente que o rodeia, é uma pessoa pura e querida.


Deus tem essas manias de enviar anjos nas horas mais certa. Que bom!

4 comentários:

Andressa Xavier disse...

Não causou decepção! \o/ Sempre tem o lado bom mesmo (Cris, digo isso sem trocadilhos)!!!

Natacha Kötz disse...

"Prefiro não comentar!"
Estou muito sentimental hoje. Hahaha....

Anônimo disse...

A Elis diz que um dia vai pegar meus textos confusos e tentar publicá-los porque ele apresentam um teor poético forte. Digo que primeiro ela terá de publicar seus próprios textos. Seis dos meus foram inspirados em cartas que ela me mandou quando éramos apenas namorados. Temos nossas diferenças em maneiras de encarar determinadas coisas, mas somos admiradores dos textos um do outro. Peço às colegas dela que a questionem sobre o texto que indaga o tempo, quem sabe ela poste aqui. É um belo poema.

Éderson Lumertz Izé disse...

"Como é bom ser surpreendido. Claro que quando a surpresa é boa. Tem situações ou até locais, onde você não tem a menor pretensão de encontrar algo positivo. A velha história da cereja escondida em um monte de glacê - neste caso, glacê sem açúcar." Voltei a este post antigo para comentar uma cena da qual fui protagonista hoje. A Elis perdeu o ônibus para onde se dirigia. Voltou para casa e me perguntou se eu a levava de carro. Claro que levaria. Na volta tinha de abastecer. O estúpido aqui não pediu ao frentista o que queria em reais, pediu em litros. Com a gasolina custando 2,60, eu tinha certeza de quantos litros queria. Todavia estava com o dinheiro contado. Faltaram 0,70 centavos. E agora? Disse a ele que morava a um minuto dali e já voltava. Eram 13:47. Às 14:00 tem troca de turno e fechamento de caixa. O rapaz não acreditou em mim e disse: "tudo bem, não tem problema, nem esquenta a cabeça por isso". A expressão dele me mostrava que seu pensamento era o de ter sido trapaceado mais uma vez. Em dois minutos voltei e o chamei para pagar a dívida. O caso tinha sido tão certamente encarado como sendo algo do dia-a-dia dele que já estava fechando o caixa para o outro funcionário e já tinha apagado meu rosto de sua lembrança. Mesmo carro, mesma roupa, mesma barba. Ele fez outra expressão que parecia querer dizer: "ainda tem gente honesta no mundo, mas esse deve ser o último babaca que sobrou." A questão não é querer me auto-elogiar, ou esperar que me felicitem. Este frentista, todos os dias, atende alguém se achando esperto para lucrar sobre ele. Isso é o absurdo da história. Felizmente, hoje, eu fui "Uma pessoa que não deixou que o sistema o atingisse. Que apesar do ambiente que o rodeia, é uma pessoa pura e querida." Assim como está descrito neste belo post. Obrigado pela atenção.

Um abraço às Damas.