quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Sonho da maternidade?

Desde que nascemos (nós mulheres), somos preparadas para a maternidade. Enquanto os meninos ganham carrinhos de brinquedo para ensaiarem sair por aí sem compromisso algum, recebemos bonecas que precisamos pentear, dar banho, trocar a roupinha, nanar e até dar o bico para pararem de chorar. Enquanto queremos descobrir o mundo, forçam-nos a querer crescer, ter filhos, cuidar deles, viver para eles.

Talvez por isso até pouco tempo atrás as famílias eram imensas. Meus avós paternos tiveram 14 filhos. Os maternos 7, mas porque minha avó morreu cedo, talvez tivessem mais. Minha mãe gerou quatro, uma faleceu, então somos três. Número que está de acordo com os dados divulgados hoje pelo IBGE. Até 1960 as mulheres tinham cerca de 6,2 filhos, em 2006 esse número baixou para dois.

Segundo a pesquisadora Sônia Oliveira, em entrevista ao Portal G1, este número está próximo ao que chamou de "taxa de reposição", que permite a estabilidade da população. Nas Regiões Sul e Sudeste as taxas ficaram ainda abaixo deste número, com 1,9 e 1,8 filho por mulher, respectivamente. No Centro-Oeste a taxa era de 2 filhos por mulher. No Norte, 2,5 e no Nordeste, 2,2. (Fonte Portal G1).

De acordo com a pesquisa, mesmo as mulheres de classe social baixa e menor escolaridade estão planejando a quantidade de filhos que terão e isso se deve também a entrada feminina no mercado de trabalho e o aumento no grau de instrução.

O fato que é que hoje as mulheres estão mais independentes, se gostam muito mais e aprenderam a aproveitar a vida. Por isso estão adiando cada vez mais a maternidade.

Dizem que tem um momento na vida em que teremos certeza de que é a hora certa. Enquanto esse dia não chega, aproveito minhas noites de sono tranquilo ao lado do meu marido. Por enquanto podemos dormir tarde, acordar mais tarde ainda, assistir ao que bem entender na televisão, passar longe de parquinhos nos domingos e dar-se ao luxo de criticar pais que não colocam limites em seus "anjinhos".

Como o blog está completando um ano e com boas perspectivas, quem sabe eu volto aqui um dia para mudar meu discurso...

11 comentários:

Éderson Lumertz Izé disse...

Concordo com tudo, porém parece que a pesquisa foi realizada apenas com jovens mulheres universitárias. Não sei como me expressar de forma correta sobre isso. Quero me referir ao planejamento dos filhos. Aqui em Alvorada ainda têm mulheres com as famosas "escadinhas" de filhos. Sete crianças ou mais. Semana passada, numa UBS de Alvorada, encontrei uma moça de 19 anos em sua segunda gestação. Na vez anterior vi uma menina de 15 anos(igual aquela que está sendo exposta no Fantástico), que ao fazer a ficha para o atendimento, não sabia responder com quantos meses de gravidez estava. Segundo filho também. E eu garanto: todos os dias a UBS recebe no mínimo três jovens com menos de 20 anos, gestantes. A pesquisa parece estar correta em relação à maioria. Todavia existe a minoria que faz suas bobagens até agora. Eu fugi do foco principal porque os extremos me chamaram demais a atenção. De um lado casais deixando para ter filhos mais tarde, na faixa dos 30 anos(Aqui na rua onde moro têm dois que não querem de forma alguma. Um deles participa de competições de motocross e o outro diz que filho só dá incomodação). Do outro lado algumas famílias vivendo no tempo das cavernas com vários filhos e de maneira absurdamente precoce. Para concluir e concordar com a Elis, a nossa hora não chegou ainda e é fato que “hora certa” existe. Por enquanto, do jeito que está, já "rola" estresse por falta de tempo. Imagina com criança junto! Beijos às damas.

Natacha Kötz disse...

Aiii, que marido compreensivo. Hehehe... Tomara que daqui a um ano e alguns meses tenhamos um post com a nova "daminha" do blog. Depois dessa até procuro um terapeuta pra ver se eu aprendo a lidar melhor com crianças.
E sei que tu e o Edinho já têm irmãos, mas os irmãos são os TIOS. Penso que para apadrinhar uma criança, deva ser alguém que não seja da família de sangue, mas que esteja preparado para entrar nela.
Eu sugiro três certas amigas...

Andressa Xavier disse...

Seremos "tias" da Sara! AAAi, que joinha! Só espera o tcc passar... hehehe

Elisandra Borba disse...

HAHahahaa
Vamos aumentar um pouco esse prazo?

Também penso que tem espaço para três amigas, mas tem uma que vai ter que começar a gostar de crianças, mesmo... hehehe

Éderson Lumertz Izé disse...

O problema não é puro e simplesmente com as crianças, penso eu. O problema são aqueles mal educados que te visitam acompanhados dos pais, pegam o controle remoto da tua televisão e trocam de canal, rasgam a orelha do cachorro de pelúcia da sala duas vezes e a mãe acha lindo, sobem no sofá com tênis sujo e brincam de cama elástica, batem no rosto dos pais, atiram vidros de esmalte na testa dos outros, etc...(quaisquer semelhanças com fatos reais não são mera coincidência). O que perturba mais? A cada dia que passa as crianças estão piores em educação porque os pais estão piores em dar exemplo. Acho que deve ser a isso que a Natacha se refere.

Beijos.

Andressa Xavier disse...

hahahahahahaha! Jogam vidros de esmaltes da testa dos outros?! Essa eu ainda não vivenciei. hehehe. Imaginei a cena com um pai dizendo: "filhinho, assim não", e mais nada.
Bom, dizem que não é legal reparar nos filhos dos outros, mas é inevitável. Vi uma frase esses dias que ilustra bem: "todos se preocupam com o mundo que vão deixar pros filhos, mas que filhos estão deixando pro mundo?". Começa engraçadinho mas pode virar um monstrinho fácil, fácil. Depende dos pais, dos exemplos que essas crianças têm. Mas, voltando... Eu gosto de criancinhas (educadinhas)!

Elisandra Borba disse...

essa frase é ótima, mas a que uso com mais frequência é: afoga enquanto é tempo!

Éderson Lumertz Izé disse...

Afoga enquanto é tempo, mas Salvem a Maysa(igual ao movimento salvem as baleias). A gente precisa dela pra detonar a peruca do Sílvio Santos e soltar pum no programa de auditório.

Natacha Kötz disse...

Ai, que bom que não passei por monstro. O Edinho me entende. O problema é que ainda não tive a sorte de conviver com crianças bem educadas.
Tá, tudo bem, eu concordo que criança parada é doente. Mas tbm não precisa estar sempre ligada na 220, né?
Mas tenho certeza que vocês vão educar bem a Sarinha e o irmão dela.

Elisandra Borba disse...

Irmão?
Segundo a estatística, na região sul, as famílias tem cerca de 1,9 filho. Meu irmão teve dois, minha irmã três, então, só posso ter um e mesmo assim vai ficar acima da média...

Éderson Lumertz Izé disse...

(rsrsrs)Muito bom. Pena que eu já tenho as previsões dos astros. Pedi ao Pandit(kkk). Primeiro vem a Sarinha, depois vem gêmeos. Pronto. Falei.